Começou hoje (sábado -15/8) a Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite. Mais de 100 mil postos de vacinação funcionarão neste sábado (15) para garantir a proteção de crianças contra a paralisia infantil. Além das salas de vacinação nas unidades de saúde, o “Dia D” da Campanha terá postos volantes em escolas, praças e outros locais públicos. A campanha de vacinação contra a pólio acontece há 35 anos (veja entrevista na TV Online). O Ministério da Saúde espera vacinar 12 milhões de crianças de seis meses a menores de cinco anos, até 31 de agosto.
No Espírito Santo a meta é vacinar pelo menos 218 mil crianças com idade entre 6 meses e enores de 5 anos até o dia 31 de agosto, quando termina a mobilização. Esse quantitativo representa 95% do público-alvo da campanha, composto por um total de 229.535 crianças.
Paralelamente, será promovida a Campanha Nacional de Multivacinação, que tem como objetivo atualizar o cartão de vacinação das crianças que têm menos de 5 anos de idade com doses das vacinas que compõem o calendário básico de imunização. Serão disponibilizadas com essa finalidade vacinas que protegem contra tuberculose, hepatite B, difteria, tétano, coqueluche, meningite, pneumonia, diarreia, sarampo, caxumba, rubéola, catapora e hepatite A.
A coordenadora do Programa Estadual de Imunizações, Danielle Grillo, explica que diferentemente da Campanha de Vacinação Contra Poliomielite, a campanha de multivacinação não possui uma meta quantitativa. Neste caso, a vacinação é feita de forma seletiva, avaliando-se as carteiras de vacinação das crianças e imunizando somente os pequenos que não estão com o esquema vacinal em dia.
“A oferta de diferentes vacinas simultaneamente é uma experiência bem-sucedida. A eficácia desse tipo de campanha vem sendo comprovada pela redução no número de casos de doenças imunopreveníveis no país, como coqueluche, difteria, meningites, tétano neonatal, tétano acidental, sarampo e a própria poliomielite, que foi eliminada do território brasileiro”, detalha Danielle Grillo.
Poliomielite
Em informe técnico enviado aos Programas Estaduais de Imunizações, o Ministério da Saúde (MS) salienta que desde a realização da Assembleia Mundial da Saúde, em 1988, a incidência mundial de poliomielite reduziu mais de 99%, e o número de países onde a doença é endêmica passou de 125 para 3 (Nigéria, Paquistão e Afeganistão).
Ressalta ainda que a Iniciativa Global de Erradicação da Poliomielite, criada naquele mesmo ano, permitiu que hoje a doença afete um número reduzido de crianças ao redor do mundo. Por outro lado, o documento alerta que essa situação pode mudar rapidamente se a poliomielite não for erradicada, uma vez que a doença tem potencial epidêmico e ainda restam três países endêmicos, o que representa uma ameaça às áreas livres da pólio.
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), segundo o informe técnico, indicam que entre o ano passado e este ano nove países registraram casos da doença, na maioria das situações decorrente da importação do poliovírus selvagem de outros países. Neste ano, até o dia 16 de junho, foram registrados 28 casos da doença, todos em países endêmicos (25 no Paquistão e três no Afeganistão).
“A poliomielite é uma doença infectocontagiosa causada por um vírus. Ela acomete, em geral, os membros inferiores e tem como principais características a flacidez muscular e pode levar à morte ou causar sequelas paralíticas irreversíveis. O Espírito Santo não registra caso de poliomielite desde 1988, e o Brasil desde 1990. Assim, manter uma cobertura vacinal alta e homogênea em todos os municípios torna-se importante para evitar o risco da reintrodução da doença em nosso território”, detalha Danielle Grillo.
Vacinas disponibilizadas nas campanhas
Poliomielite: protege contra a paralisia infantil
BCG: protege contra formas graves de tuberculose;
Hepatite B: protege contra a hepatite B;
Pentavalente: protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e haemophilusinfluenzae tipo B (bactéria que causa meningite);
Pneumocócica 10-valente: protege contra o pneumococo, bactéria que causa pneumonia e meningite;
Meningocócica C: protege contra o meningococo C, bactéria que causa meningite;
Rotavírus: protege contra diarreia e desidratação;
Tríplice Viral: protege contra sarampo, caxumba e rubéola;
Tríplice Bacteriana (DTP): protege contra difteria, tétano e coqueluche;
Tetraviral: imuniza contra sarampo, caxumba, rubéola e catapora;
Hepatite A: protege contra a hepatite A.