Cesan já pode licitar represa do Rio Jucu

dez 9, 2017

O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo (Idaf) entregou, nesta sexta (08), à Companhia Espírito Santense de Saneamento (Cesan) a licença prévia para construção da represa no Rio Jucu. Com isso, a Companhia já pode dar início à licitação para contratar a empresa que vai construir o empreendimento.

A represa do Rio Jucu será construída no limite entre os municípios de Viana e Domingos Martins e terá capacidade de armazenar 23 bilhões de litros de água, o que representa 10 vezes a de Duas Bocas e vai beneficiar mais de um milhão de habitantes na Região Metropolitana da Grande Vitória, com investimento de cerca de R$ 108 milhões. O projeto básico concluído no início de 2017 apontou que a barragem terá 50 metros de altura e sua operação ocorrerá de forma similar a da Represa de Rio Bonito, no Rio Santa Maria da Vitória, onde a água será acumulada no período úmido para ser usada no período seco.

A Cesan já aprovou os elementos de licitação, com previsão de publicação do edital até janeiro de 2018.

De acordo com o diretor-presidente do Idaf, Júnior Abreu, este é um passo significativo para este projeto. “Esta represa contribuirá para aumentar a segurança e a reserva hídrica no Estado, sobretudo nos municípios de Vitória, Vila Velha, Cariacica e Viana. Por isso, entendemos como prioritário o processo de licenciamento para que as demais etapas possam avançar. Também já está em andamento a avaliação para que o Idaf possa emitir a licença de operação”, disse Abreu.

Foram elaborados o Relatório de Controle Ambiental (RCA), o Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno da Barragem (Pacuera) e o Plano de Recuperação de Área Degradada (PRAD). Segundo Pablo Andreão, presidente da Cesan,  a barragem beneficiará mais de um milhão de habitantes na região Metropolitana da Grande Vitória, pois hoje, quando chove, o aumento do volume de água no rio não fica armazenado.

As etapas seguintes do licenciamento preveem condicionantes e ainda consulta pública para participação da sociedade, além do processo de desapropriação, já em andamento.