Os Governos do Espírito Santo e Federal devem buscar meios para garantir que a segurança pública no estado volte à normalidade o mais rápido possível, sem incluir a Polícia Militar na equação. Isso seria possível com um contingente de cerca de cinco mil homens das força federais, aí incluída as Polícias Federal e Rodoviária Federal, além do pessoal de inteligência das forças armadas, mais as Guardas Municipais e reforço na Polícia Civil. Por quanto tempo seria possível manter esse arranjo não sabemos. Entretanto, quanto mais durasse essa solução, mais a Polícia Militar poderia ser expurgada de elementos que afrontam a Sociedade e a Instituição.
O que a população deseja é apenas a garantia de que pode retomar sua rotina de vida, que, lembro, não exclui roubos, assaltos e assassinatos. A excepcionalidade nesse momento são os saques e o aumento no número de assassinatos.
Reaberto o comércio e retomada a rotina do transporte, as empresas voltarão a funcionar e as pessoas a circular pelas cidades. Os crimes que ocorrerem devem ser tratados como se estivéssemos sob lei especial: com julgamentos rápidos e penas de acordo com a gravidade, dentro da legalidade, mas com celeridade. Uma força tarefa do Judiciário poderia ser montada para atender a essas excepcionalidades.
Uma semana
Amanhã sábado (11), o Espírito Santo completa uma semana de caos na segurança pública. Representantes dos Policiais e o governo não chegaram a um acordo após dois dias de negociação e ela foi suspensa.
Os assassinatos já passam de 120. Os supermercados abrem em horários especiais, shoppings, lojas de ruas estão fechados e o comércio já acumula cerca de R$ 200 milhões em prejuízo. Bancos não abrem. O transporte está paralisado. As pessoas continuam ilhadas em casa. Prefeituras suspenderam o expediente, as aulas e atendimento em unidades de saúde. Correios funcionam precariamente. O Tribunal de Justiça e a Assembléia Legislativa estão sem expediente. E o atendimento nos Hospitais é irregular com atendimento apenas a urgências e emergências.