O governo do estado lançou nesta quinta (28) a campanha de conscientização e convivência no trânsito batizada de “Maio Amarelo”. Na cerimônia, realizada no Palácio Anchieta, também foi apresentado o Movimento “Rua Coletiva, uma convivência melhor a cada esquina”.
O Movimento “Rua Coletiva” vai cuidar de seis pontos principais: uso de celular, cinto de segurança, capacete para motociclistas, cadeirinha para crianças, velocidade e alcoolemia. Todas as medidas dependem de ações individuais, mas têm grande impacto na coletividade.
O evento foi aberto pelo diretor geral do Detran-ES, Romeu Scheibe Neto. “Nosso objetivo é propor a redução dos índices de acidentes por meio de ações coordenadas de educação e de aplicação da legislação, que resultem em um trânsito mais humanizado. O grande desafio é criarmos uma consciência de multiplicação de boas práticas, propondo uma reflexão de toda a sociedade quanto ao tema trânsito”, disse.
O governador Paulo Hartung convidou todos a participarem da iniciativa para promover um trânsito mais seguro e humanizado. “O que queremos é conscientizar a população a estender a cor amarela pelo Estado para mobilizar a sociedade sobre a importância de difundirmos boas práticas no trânsito. Que essa conscientização não fique restrita apenas ao mês de maio. Precisamos transformar esse processo educativo em uma questão diária em nossa vida e estabelecer a cultura de paz em nosso Estado”, salientou.
Para atrair o engajamento da sociedade, várias ações serão desenvolvidas a partir deste domingo (01). Filmes, anúncios, outdoor, aplicativos de celular, publicações em mídias sociais e ações urbanas foram produzidos com o foco de mostrar a dimensão e o impacto que os acidentes têm no mundo e no Brasil, associando ações educativas e o conceito “Rua Coletiva”.
Década de Ações para Segurança no Trânsito
Maio Amarelo
Em Março de 2010, a Assembleia-Geral das Nações Unidas editou uma resolução definindo o período de 2011 a 2020 como a “Década de Ações para Segurança no Trânsito”. O documento foi elaborado com base em um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) que contabilizou em 2009, cerca de 1,3 milhão de mortes por acidente de trânsito em 178 países.
Por conta dos acidentes, aproximadamente 50 milhões de pessoas sobreviveram com sequelas. Além disso, os acidentes de trânsito são a principal causa de morte na faixa de 15 a 29 anos de idade; a segunda na faixa de 5 a 14 anos; e a terceira na faixa de 30 a 44 anos. Atualmente, esses acidentes representam um custo de US$ 518 bilhões por ano ou um percentual entre 1% e 3% do Produto Interno Bruto (PIB) de cada país.
O Brasil aparece em quinto lugar entre os países recordistas em mortes no trânsito, precedido por Índia, China, EUA e Rússia e seguido por Irã, México, Indonésia, África do Sul e Egito. Juntas, essas dez nações são responsáveis por 62% das mortes por acidente no trânsito. A chave para a redução da mortalidade, segundo o relatório, é garantir que os estados-membros adotem leis que cubram os cinco principais fatores de risco: dirigir sob o efeito de álcool, o excesso de velocidade, não uso do capacete, do cindo de segurança e das cadeirinhas. No Brasil, desde 2014, um Movimento luta pela preservação e redução de acidentes de trânsito. Esse Movimento chama-se “Maio Amarelo”.
Maio Amarelo
A preocupação constante em reduzir o número de acidentes de trânsito; em transformar a sociedade em um povo mais fraterno e educado quando o assunto é trânsito; a incessante busca em programas, projetos, sensibilização e formas de conscientização eficazes e eficientes para todos os tipos de públicos e, com isso, reduzir o gigantesco número de mortos e feridos pelas ruas de todo país, fez com que muitas entidades, já envolvidas com essa causa, convergissem seus esforços para uma mobilização.
Foi então que, em 2014, o Movimento “Maio Amarelo” nasceu com uma só proposta: chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo.
O objetivo é uma ação coordenada entre o Poder Público e a sociedade civil. A intenção é colocar em pauta o tema segurança viária e mobilizar toda a sociedade, envolvendo os mais diversos segmentos: órgãos de governos, empresas, entidades de classe, associações, federações e sociedade civil organizada para, fugindo das falácias cotidianas e costumeiras, efetivamente discutir o tema, engajar-se em ações e propagar o conhecimento, abordando toda a amplitude que a questão do trânsito exige, nas mais diferentes esferas.