Dia de combater a diabetes

nov 13, 2015

diabetesPara conscientizar a população dos riscos, a Federação Internacional de Diabetes realiza um dia mundial especialmente para o tema, que será marcado por uma série de atividades neste sábado O tema para este ano é “Qualidade de vida e diabetes” e traz informações sobre alimentação e atividades físicas para melhorar a qualidade de vida. Na coluna saúde.com da GVNews, o endocrinologista Darly  Nerty Vervloet Jr. Fala sobre a doença,  quais os sintomas, quais os tratamentos e explica que é possível ter uma vida normal apesar da diabetes.

O diabetes surge pelo aumento de glicose no sangue. É uma doença silenciosa, crônica e progressiva, que pode gerar complicações sérias, como cegueira, infarto, derrame e até amputação de membros, se não for tratada adequadamente. Por isso, a Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa) aproveita o Dia Mundial de Combate ao Diabetes, celebrado neste sábado (14), para orientar a população sobre como prevenir e cuidar dessa doença.

No Espírito Santo, 54.838 pacientes foram cadastrados como diabéticos, no ano passado, no Sistema de Informação da Atenção Básica. O número, na avaliação da Área Técnica de Hipertensão e Diabetes da Sesa, corresponde a menos de 30% da população capixaba que compõe o grupo de risco para a doença.

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O que é diabetes?

Diabetes é uma doença crônica na qual o corpo não produz insulina ou não consegue empregar adequadamente a insulina que produz. Mas o que é insulina? É um hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue. O corpo precisa desse hormônio para utilizar a glicose, que obtemos por meio dos alimentos, como fonte de energia.

Quando a pessoa tem diabetes, no entanto, o organismo não fabrica insulina e não consegue utilizar a glicose adequadamente. O nível de glicose no sangue fica alto –  a famosa hiperglicemia. Se esse quadro permanecer por longos períodos, poderá haver danos em órgãos, vasos sanguíneos e nervos.

Hoje, no Brasil, há mais de 13 milhões de pessoas vivendo com diabetes, o que representa 6,9% da população. E esse número está crescendo. Em alguns casos, o diagnóstico demora, favorecendo o aparecimento de complicações.

Quais são os tipos de diabetes?

Tipo 1:

Em algumas pessoas, o sistema imunológico ataca equivocadamente as células beta. Logo, pouca ou nenhuma insulina é liberada para o corpo. Como resultado, a glicose fica no sangue, em vez de ser usada como energia. Esse é o processo que caracteriza o Tipo 1 de diabetes, que concentra entre 5 e 10% do total de pessoas com a doença.

O Tipo 1 aparece geralmente na infância ou adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos também. Essa variedade é sempre tratada com insulina, medicamentos, planejamento alimentar e atividades físicas, para ajudar a controlar o nível de glicose no sangue.

Tipo 2:

Aparece quando o organismo não consegue usar adequadamente a insulina que produz; ou não produz insulina suficiente para controla a taxa de glicemia. Cerca de 90% das pessoas com diabetes têm o Tipo 2.

Ele se manifesta mais frequentemente em adultos, mas crianças também podem apresentar. Dependendo da gravidade, ele pode ser controlado com atividade física e planejamento alimentar. Em outros casos, exige o uso de insulina e/ou outros medicamentos para controlar a glicose.

“O diabetes mellitus pode ser considerado uma epidemia mundial e um grande desafio para os sistemas de saúde de todo o mundo. A doença representa uma das principais causas de insuficiência renal, amputação de membros inferiores, cegueira e doença cardiovascular e cerebrovascular”, comenta Ana Maria Rodrigues de Souza Ferreira, referência técnica de hipertensão arterial e diabetes da Sesa.