Crise na Segurança: “Movimento de familiares” tira policiais das ruas, complica segurança pública e agita redes sociais

fev 5, 2017

O “movimento dos familiares e amigos de policiais”, que, desde sábado, impede a saída de viaturas, o policiamento ostensivo e o atendimento de ocorrências criou uma série de problemas de segurança na região metropolitana da Grande Vitória e no interior do estado. Nas redes sociais, o final de semana foi de anuncio de arrastões, tiroteios, assaltos,  mortes e ônibus incendiados. A população, alarmada com a falta de policiamento, usou as redes sociais para trocar informações e tentar se proteger. Só até a manhã deste domingo (05), o Espírito Santo registrou 17 assassinatos, o mesmo número de mortes de todo o mês de fevereiro do ano passado.

Na noite deste domingo (05), o secretário de segurança pública, André Garcia, também usou as redes sociais para avisar que não vai negociar com os familiares enquanto o policiamento não voltar às ruas. O secretário solicitou apoio ao ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que se colocou à disposição para fornecer apoio federal.

As mesmas redes sociais, no entanto, também estão sendo usadas para difundir informações que alarmam ainda mais a população, como paralisações de ônibus, adiamento da volta às aulas e fechamento de unidades de saúde.

O sindicato dos rodoviários desmente a paralisação e o governo não informou sobre adiamentos e suspensões. Entretanto, o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) decidiu suspender as aulas nesta segunda (06). Na rede privada, algumas unidades também já decidiram não abrir: Emescam, Darwin, Salesiano, FDV, Fucape, Escola São Domingos e Leonardo Da Vinci estão entre elas. Outras escolas particulares devem seguir o exemplo.

A Prefeitura de Vitória também suspendeu o funcionamento dos postos de saúde.