O animal – uma fêmea adulta – estava numa árvore a mais de 15 metros de altura e parecia bastante amedrontado. Segundo o biológo Saulo Ramos da Silva, que integra a equipe de resgate de animais silvestres e é administrador do Parque Gruta da Onça, foi uma surpresa encontrar esse animal na área urbana. O tamanduá estava em uma mangueira no bairro Resistência, em Vitória.
“Já tem mais de uma década que esse animal não era visto aqui, pois vive em ambientes mais preservados. Embora em Vitória tenha áreas de conservação, tem a questão da malha urbana e degradação. Ainda tem a questão da caça e algumas pessoas abrem trilhas, propiciando que os tamanduás desapareçam das florestas”, disse Saulo.
Após o tamanduá ser resgatado com a ajuda de uma escala, ele foi reintroduzido no Parque da Fonte Grande. “Ele estava com muito medo. Nós recolhemos e soltamos na mata da área mais preservada e isolada do Parque da Fonte Grande”, contou Saulo.
Tamanduá-mirim
O tamanduá-mirim é uma espécie da mesma família do tamanduá-bandeira, a família Myrmecophagidae. O nome científico desse animal é Tamandua tetradactyla.
Esse animal possui uma grande variação no padrão de coloração a depender do local que ele é encontrado. É possível encontrar, por exemplo, indivíduos com coloração dourada e uma espécie de colete preto em seu corpo. Outros indivíduos, no entanto, podem apresentar coloração totalmente preta ou ainda totalmente dourada.
O tamanduá-mirim é menor que o tamanduá-bandeira e apresenta cerca de 7 quilos. Geralmente, seu comprimento varia entre 47 e 72 cm, e sua cauda possui mais de 50 cm. Possuem membros anteriores com garras longas e curvadas e membros posteriores com unhas curtas.
O tamanduá-mirim é encontrado, em geral, em árvores, possuindo, portanto, um hábito arborícola e se alimenta de insetos, como cupins e formigas.
Quem avistar algum animal silvestre na área urbana, basta ligar para a equipe de resgate de fauna da Prefeitura de Vitória pelo telefone (27) 99724-2788.
