A baleias jubarte estão entre nós. Elas chegaram depois de uma viagem fantástica de milhares de quilômetros. Vão ficar por aqui para acasalar, parir e cuidar dos filhotes. Enquanto isso, dão shows para quem se aventurar a uma busca a cerca de 20 Km da costa.
Pesquisadores aproveitam esse período de estadia, que dura quatro meses, para fazer pesquisas. E uma dessas pesquisas é o tema dessa entrevista.
O pesquisador Thiago Ferrari, do Instituto O Canal, em parceria com diversas outras ONGs, fala sobre o mapeamento de locais de avistamento para ajudar a desenvolver a indústria turística no ES e auxiliar na preservação das jubartes. Ele fala que, atualmente, as viagens de avistamento são muito incipientes, em barcos nem sempre adequados e que há o risco de as pessoas não seguirem as determinações de distância mínima de 100 metros dos cetáceos sem filhotes e de 200 metros das baleias com filhotes. Além disso, nenhum barco pode ficar mais de 30 minutos acompanhando os animais.
Os pesquisadores têm saído para fazer as pesquisas e têm sido brindados com verdadeiros balés de salto e a visão de filhotes. Mas Thiago Ferrari lembra que as jubarte não estão livre de problemas e precisam de muito ajuda para continuarem se reproduzindo. Os riscos para a espécie vão desde redes de pesca à rota dos navios. Nas redes elas se afogam e os navios as atropelam.
Thiago Ferrari diz que um dos principais problemas para concluir a pesquisa que já dura dois anos é a falta de recursos. A área de pesquisa é muito grande e o custo é alto.