A Secretaria de Estado da Saúde informou nesta quinta (31) que foram notificados 3.120 casos de infecção pelo zika vírus no Espírito Santo, até agora. O Laboratório Central (Lacen) recebeu 1.103 amostras para análise e, deste total, 83 deram resultado positivo, 362 acusaram negativo e 658 estão em análise. Além dessas amostras, outras 140 estão em análise na Fiocruz, no Rio de Janeiro.
Os municípios que apresentam casos de zika confirmados laboratorialmente são Aracruz, Cachoeiro de Itapemirim, Cariacica, Colatina, Irupi, Mantenópolis, Nova Venécia, Presidente Kennedy, São José do Calçado, Serra, Vila Velha e Vitória.
O Lacen analisa, prioritariamente, amostras de gestantes com suspeita de doença exantemática (vermelhidão na pele); de pacientes internados com complicações neurológicas e de pacientes graves, ambos quando apresentarem quadro de doença exantemática prévia ou vigente; investigação de óbito; investigação de microcefalia e bebês de mães que tiveram suspeita de doença exantemática durante a gravidez, além de amostras enviadas por municípios que ainda não têm confirmação laboratorial de zika. Os demais casos são confirmados por clínica epidemiológica, não necessitando de exame laboratorial.
Microcefalia
A Secretaria de Estado da Saúde informa, ainda, que entre 22 de novembro de 2015 e 26 de março de 2016 foram notificados no Espírito Santo 109 casos de microcefalia em bebês nascidos vivos, natimortos ou em gestação. Destes, 87 permanecem em investigação, 18 foram descartados e 04 foram confirmados para microcefalia.
Todos os casos estão sendo investigados. Vale ressaltar que a microcefalia pode ser causada por diversos agentes infecciosos além do vírus zika, tais como sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e herpes viral.
Dados sobre microcefalia
Total acumulado de casos notificados de 2015 a 2016 |
Casos notificados de microcefalia e/ou alterações do sistema nervoso central, sugestivos de infecção congênita, em fetos, abortamentos, natimortos ou recém-nascidos. |
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Nº |
Permanecem em investigação |
Investigados e confirmados1 |
Investigados e descartados2 |
109 |
87 |
04 |
18 |
¹Apresentam alterações típicas: indicativas de infecção congênita, como calcificações intracranianas, dilatação dos ventrículos cerebrais ou alterações de fossa posterior entre outros sinais clínicos observados por qualquer método de imagem ou identificação do vírus Zika em testes laboratoriais. ²Descartados por apresentar exames normais, por apresentar microcefalia e/ou malformações congênitas por causas não infecciosas ou por não se enquadrar nas definições de casos.
Saiba como se prevenir
– Limpar o quintal, jogando fora o que não é utilizado;
– Tirar água dos vasos de plantas;
– Colocar garrafas vazias de cabeça para baixo;
– Tampar tonéis, depósitos de água, caixas d’água e qualquer tipo de recipiente que possa reservar água;
– Manter os quintais bem varridos, eliminando recipientes que possam acumular água, como tampinha de garrafa, folhas, sacolas plásticas etc.;
– Escovar bem as bordas dos recipientes (vasilha de água e comida de animais, vasos de plantas, tonéis, caixas d’água) e mantê-los sempre limpos.